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GRE Metro Norte premia redações de estudantes privados de liberdade

  • GRE MN
  • 20 de mar. de 2019
  • 2 min de leitura

Nesta sexta-feira (15), a Gerência Regional de Educação (GRE) Metropolitana Norte realizou, na

Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Luiz Rodolfo de Araújo Júnior, em Abreu e Lima, a premiação do concurso de redação "Eu tenho um mundo para contar", voltado para estudantes de escolas prisionais da GRE. Os prêmios foram entregues durante a reunião de gestores da Gerência.

Ao todo, 134 estudantes privados de liberdade participaram do concurso, realizado em 2018. A proposta de redação é um começo de uma história sobre transformação com três parágrafos. Coube aos estudantes decidirem o meio e o fim da narrativa com sua imaginação.

A melhor produção foi a do detento Caio Cesar Rodrigues Fernandes, do Centro de Triagem de Abreu e Lima (Cotel). O segundo ficou com James Anderson do Nascimento, da Escola Dom Helder, situada no Presídio de Igarassu. E o terceiro foi da estudante Keller Geziane de Araújo, da Escola Estadual Irmã Dulce, na Penitenciária Feminina de Abreu e Lima.

Os três primeiros colocados ganharam prêmios em dinheiro e um kit de livros da GRE e de parceiros. Para Keller Geziane, o incentivo à leitura e à escrita por parte da escola tem lhe ajudado a lidar melhor com os dias em cárcere. "A escola é onde a gente se sente livre de verdade dentro daquela prisão. Ler e escrever tem se tornado um hábito que me leva para fora dos muros e eu consigo esquecer um pouco que estou ali, presa. Essa iniciativa é muito importante, porque mexe com a nossa autoestima também. Quero seguir o caminho das melhorias, e se for pela leitura, pela escrita, vai ser ótimo", disse, após receber o prêmio.

Glaydson Santiago, gestor da GRE Metropolitana Norte, comemorou o sucesso das inscrições, e afirmou que o resultado é fruto de uma educação transformadora nesses ambientes. "Quando uma pessoa passa a viver dentro de um presídio, ela acredita que ali perdeu todos os seus direitos. E o que a gente quer mostrar, com esses projetos, é que a educação é para todos, que a educação contempla todas as situações do mundo lá dentro e daqui de fora, e que eles também fazem parte disso. Que eles também têm voz", contou.

Além do primeiro, segundo e terceiro lugar, a organização do concurso realizou uma premiação especial para o detento Rosivaldo Cidrônio da Costa, do Presídio de Igarassu, que não atendeu aos critérios de participação, mas elaborou um texto muito elogiado pela comissão julgadora.











 
 
 

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